Medicina do Sono

Paciente com insónia - medicina do sono em Lisboa - Psiworks

O que é a Medicina do Sono?

A Psiworks é agora a sua nova Clínica do Sono em Lisboa e dispõe agora de uma credenciada Especialista em Medicina do sono.

Mas o que é a Medicina do Sono?

Antes de aí chegarmos seria bom observar que o sono é de importância vital, uma espécie de kit de sobrevivência, fundamental para a manutenção de todos os aspetos da nossa saúde, desde o humor ao sistema imunológico.

No entanto, com a agitação característica da vida moderna, é fácil negligenciar o sono. Sobretudo desde a descoberta da eletricidade e da lâmpada, foi-se generalizando a ideia de viver e/ou produzir 24 sobre 24 horas; é um erro muito grande que persiste, e do qual estamos já a pagar preços elevadíssimos em termos de saúde física e mental, e, paradoxalmente, em produtividade e gastos de saúde.

Quando temos fome, comemos, e quando temos sede, bebemos. Mas frequentemente achamos que dormir pouco não é assim tão grave e que uma “direta” de vez em quando também não é o fim do mundo.

O sono é encarado como o parente pobre das nossas necessidades.

Vem no fim.

Há até quem lhe chame uma perda de tempo!

No entanto, na realidade, o sono não é um luxo, ou uma veleidade humana. Se não dormirmos um sono eficaz e reparador pelo tempo suficiente, a nossa qualidade de vida será comprometida, tal como a nossa performance a todos os níveis, incluindo físico, intelectual, emocional e mesmo sexual; a nossa esperança de vida será reduzida, porque teremos aumentado o risco de desenvolver doenças graves, desde doenças cardiovasculares e doenças metabólicas a cancros.

Pensa que não?

Depois de ler o que escrevemos para si, estamos certos de que irá mudar de ideias.

É por ser tão importante que a nossa biologia determina que, em média, passemos aproximadamente um terço das nossas vidas a dormir. De facto, o cérebro e o corpo têm muito trabalho a fazer durante o sono.

A sério?!

Então para que serve o sono?

Durante o sono o nosso corpo e cérebro recuperam de um dia de vigília (estado de acordado).

É enquanto dormimos que acontecem os processos de reparação celular e metabólica, o fortalecimento do sistema imunológico, a consolidação das memórias e aprendizagens; é durante a vigília que estudamos, mas durante o sono que realmente aprendemos.

Assim, quer a redução indevida do tempo de sono quer a sua baixa qualidade, podem afetar negativamente o nosso desempenho no trabalho e na escola, concentração e memória, bem como a nossa capacidade para tomar decisões e de lidar com o stress. Há pacientes que começam a ter tantas falhas de concentração e de memória que chegam a pensar estar a desenvolver uma demência – esquecem-se onde arrumaram o carro, de compromissos importantes ou tarefas simples do dia-a-dia – até se descobrir que afinal o problema estava no sono, que não dormiam o suficiente ou que, quando dormiam, o sono não era reparador. Quando assim é, e uma vez corrigido o problema, os pacientes reportam melhoria considerável, por vezes mesmo extrema.

É uma certeza científica, baseada num longo percurso de investigação a nível global, que um sono com a duração e qualidade adequadas está associado, entre outros, a uma melhor função cerebral, redução do risco de doenças cardiovasculares e metabólicas, maior longevidade e bem-estar geral.

Pelo contrário a privação de sono ou uma má qualidade do sono (em consequência, por exemplo, de insónia, apneia do sono, etc) aumentam o risco de desenvolver diversos problemas de saúde, incluindo obesidade, diabetes, depressão, ansiedade e doenças cardiovasculares.

No caso particular do cérebro, é durante o sono, e apenas durante o sono, que ocorrem os processos de eliminação dos químicos nocivos, residuais da atividade celular, que se vão acumulando nos espaços intercelulares durante todo o tempo em que estamos acordados. É disto exemplo a acumulação indevida de beta-amiloide no cérebro, que conduz à Doença de Alzheimer. Existe evidência científica de que uma má qualidade de sono e/ou uma curta duração do mesmo têm impacto no desenvolvimento.

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Vamos ultrapassar estes mitos?

Padrões Normais de Sono

Continuemos a falar de sono.

O sono é uma e a mesma coisa desde que adormecemos até que acordamos?

É como desligar um interruptor “e pronto”?

Não.

Durante uma noite de sono sucedem-se ciclicamente quatro diferentes fases ou estádios, que se agrupam em duas categorias principais: o sono REM (em que existe movimento rápido dos olhos – “Rapid Eye Movements”) e o sono não-REM. A sequência e características dos vários ciclos ao longo do período de sono conforma a arquitetura do sono.

O sono Não-REM ou NREM, é dividido em três estádios: N1, N2 e N3.

O estádio N1 é o sono leve, que geralmente ocorre logo após adormecer e nas transições entre vigília e sono.

O estádio N2 é um estádio intermédio entre N1 e N3.

O estádio N3 é também conhecido como sono de ondas lentas ou sono profundo.

O sono REM, é caracterizado, entre outros, pela presença de movimentos oculares rápidos e atonia muscular (os músculos, à exceção dos oculares, do coração e do diafragma, ficam sem tónus). É também durante o sono REM que acontecem os sonhos vívidos, isto é, sonhos de que nos lembramos em detalhe e intensamente, como se tivéssemos vivido a situação que sonhámos

É muito importante para a qualidade do sono que a sua arquitetura seja mantida, quer em termos da ciclicidade, quer da incidência de cada estádio.

As necessidades de sono variam de pessoa para pessoa, sendo maiores nos recém-nascidos e diminuindo progressivamente até à idade adulta. Em geral a necessidade diária de sono nos adultos, situa-se algures entre as 7 e as 9 horas por noite, sendo uma característica individual.

                                                                                                                                                                                                                   

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Factores físicos, ambientais e emocionais que afectam a qualidade do sono

A qualidade do sono pode ser afectada por factores físicos, tais como o colchão, almofadas e roupa de cama utilizada, bem como por factores ambientais como o ruído, a temperatura e a iluminação ambiente, bem como hábitos pessoais, caso da utilização de écns (por exemplo, telemóveis, tablets, computadores) nas horas que precedem a hora de deitar.

A alimentação (tipo de dieta e horários), o exercício físico, algumas substâncias de uso corrente como o tabaco, o álcool e a cafeína, alguns medicamentos e drogas recreativas, bem como algumas condições médicas também podem ter impacto mais ou menos acentuado na qualidade do sono.

Fatores mentais e emocionais, tais como stress, ansiedade, depressão, podem também afetar o sono. 

Quais são os sintomas mais frequentes das Perturbações do Sono mais comuns?

As perturbações do sono manifestam-se mais frequentemente por dificuldade em iniciar ou manter o sono, à noite, múltiplos despertares noturnos e/ou sono não reparador (a pessoa acorda cansada, mesmo que durma um número adequado de horas). Em alguns casos há um excesso de sonhos ou mesmo pesadelos, e mais raramente parassónias (comportamentos inesperados durante o sono). Podem ser observados movimentos excessivos durante o sono, ronco ou apneias (relacionados com apneia do sono), mais frequentemente percebidos pelo parceiro de cama do que pelo próprio.

Estas alterações acompanham-se frequentemente de fadiga excessiva durante o dia ou ao final da tarde, dores de cabeça ou sonolência diurna; esta manifesta-se sobretudo quando a pessoa está em repouso. A médio e longo prazo podem surgir dificuldades em termos cognitivos (memória, etc), atenção, irritabilidade, performance laboral e libido, entre outras.

Você precisa de um médico especialista em sono?

Quais são as Perturbações do Sono mais comuns?

A insónia

A insónia é um Perturbação do sono que se caracteriza pela dificuldade em adormecer ou manter-se a dormir, na presença da oportunidade e condições adequadas para o fazer. Em muitos casos a insónia é um problema crónico, e pode ocorrer associada a ansiedade, depressão, dor crónica, apneia do sono e outras condições.

Um paciente com uma perturbação do sono - Psiworks - A sua nova Clínica do Sono em Lisboa

Diagnóstico e Tratamento da Insónia

Se pensa que tem insónia, é importante falar com o seu médico. Embora o diagnóstico de insónia seja clínico, isto é, baseado na análise dos sintomas e hábitos de sono, frequentemente é necessário realizar exames para identificar outras condições que possam estar associadas ou a condicionar a manutenção do quadro de insónia. Poderá ser necessário consultar um especialista em Medicina do Sono para um diagnóstico e orientação terapêutica mais aprofundados.

Existem vários tipos de tratamento e abordagens da insónia, que podem ser aplicadas isoladamente ou em combinação. Estas incluem frequentemente correção da higiene do sono, melhoria de aspetos do estilo de vida que estejam a condicionar a manutenção do quadro clínico, terapia cognitivo-comportamental para a insónia (CBT-I), e medicamentos. Podem igualmente ser úteis abordagens que visem o controlo do stress, de que são exemplo a meditação (Mindfullness ou outros tipos) e técnicas de relaxamento.

Os medicamentos para dormir podem estar indicados em alguns casos, mas são geralmente usados apenas a curto prazo e idealmente associados a uma ou várias das restantes abordagens acima referidas, de acordo com a pessoa em questão e a experiência do médico ou centro.

Em casos selecionados pode ser importante incluir alguma forma de psicoterapia ou mesmo psiquiatria.

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Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono

A apneia do sono, do tipo obstrutivo, a forma mais frequente, é caracterizada por oclusão repetida, total ou parcial, da via aérea superior, em particular na zona da faringe, durante o sono. Estes episódios são designados de apneia quando a oclusão é total e a pessoa para efetivamente de respirar durante um período igual ou superior a dez segundos, ou hipopneia, quando a oclusão é parcial e a pessoa continua a respirar embora com uma redução significativa do fluxo respiratório. Em consequência destes eventos ocorrem uma significativa redução da oxigenação do sangue e/ou um micro-despertar (do cérebro), estimulação do sistema nervoso autonómico e alteração da frequência cardíaca; isto é, todo o sistema entra em stress.

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Causas e Sintomas da Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono

Enquanto no passado se considerava que a apneia do sono era uma doença causada pelo excesso de peso, hoje em dia sabe-se que existem diferentes formas (fenótipos) da doença. No exemplo corrente, alguns pacientes de SAOS têm excesso de peso e outros não; entre os que têm excesso de peso, a apneia do sono não identificada e portanto não controlada, sendo uma doença que interfere no metabolismo, pode ter sido uma causa preponderante no ganho de peso e na dificuldade em reagir de forma consistente aos programas de controlo de peso. Fatores genéticos, conformação da estrutura óssea craniofacial e o controlo funcional da via aérea superior podem estar na génese da doença.

Entre os potenciais fatores de agravamento da Apneia Obstrutiva do Sono estão, entre outros, o excesso de peso, o álcool, o tabaco e a privação de sono.

Os sintomas incluem ronco (ressonar), pausas na respiração durante o sono, acordar ofegante, engasgado ou mesmo com sensação de asfixia, sonolência diurna e dores de cabeça matinais ou noturnas. Deve ter em linha de conta que ocorrem com frequência casos de SAOS grave em que o próprio paciente não tem percepção de qualquer sintoma.

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Diagnóstico e Tratamento da Apneia do Sono

Se considera que pode ter apneia do sono, é importante procurar ajuda médica. O diagnóstico de SAOS envolve um estudo do sono do tipo polissonografia.

Existem várias modalidades terapêuticas para a apneia do sono, que serão consideradas pelo seu médico, de acordo com a sua situação específica. Nos casos graves está geralmente indicada terapia com CPAP, um tipo de ventilador relativamente simples, cuja função é ajudar a manter a via aérea superior permeável, contrariando a sua tendência ao colapso; isto é conseguido pela aplicação duma pressão positiva através da administração de ar pressurizado; a pressão utilizada é determinada pelo médico, frequentemente após um processo de titulação, que permite encontrar o nível mais adequado a cada paciente.

Em casos de menor gravidade ou em pacientes que por qualquer motivo não consigam adaptar-se ao CPAP, podem ser consideradas outras abordagens, nomeadamente dispositivos de avanço mandibular e intervenções cirúrgicas. De acordo com a sua situação, o seu médico poderá ainda sugerir terapia posicional, perda de peso e outros. Em todos os casos deverá evitar os fatores de agravamento, como o consumo de álcool, tabaco e sedativos antes de dormir.

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A nossa Especialista nesta área

Dra. Eulália Semedo — Especialista em Medicina do Sono — Psiworks, Lisboa

Drª. Eulália Semedo

Médica Especialista em Sono

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