Terapia Familiar – 5 razões para o fazer antes que seja tarde

A terapia familiar pode ser realizada individualmente, em casal ou em grupo (elementos da família). A terapia familiar é um método psicoterapêutico que foca os sistemas sociais de referência em que cada indivíduo se desenvolve (família, amigos, colegas de trabalho, colegas de escola, entre outros). A dinâmica familiar é trabalhada por ser uma unidade vital e por muitas vezes ser fonte de conflito ou desconforto para alguns indivíduos.

Este processo de mudança é realizado num ambiente seguro para permitir as várias interacções sociais entre a família e com o apoio de um terapeuta familiar, este técnico tem formação e experiência na área familiar e irá acompanhar a família de forma constante ao longo deste processo.

Quais as causas?

As causas mais comuns que levam a que alguém recorra à Consulta de terapia familiar são:

  • Problemas de comunicação
  • Separação ou divórcio
  • Adições
  • Doença mental/física de um elemento da família
  • Transtornos alimentares
  • Problemas comportamentais de crianças e/ou adolescentes
  • Problemas conjugais
  • Morte de um membro da família
  • Violência doméstica

Cinco razões para fazer terapia familiar

A terapia familiar proporciona aos elementos da família um ambiente seguro, moderado por um terapeuta familiar, que facilitará o diálogo sobre as diversas situações e problemas.

A terapia familiar pode trazer múltiplos benefícios na relação com  os outros e na nossa visão sobre nós mesmos.

1 – A terapia não é apenas para pessoas com problemas graves ou já instalados.

A prevenção é uma estratégia mais eficaz do que esperar que surja um problema. Um terapeuta familiar irá orientá-lo a adotar, por exemplo, estilos parentais saudáveis. Talvez surjam dúvidas sobre como estabelecer limites aos seus filhos em crescimento ou como exercer disciplina em casa sem ser autoritário ou permissivo. A terapia familiar pode ajudar nestas interrogações.

2 – Diga adeus aos rótulos

Na terapia familiar, não se procura rotular alguém. É uma estratégia que procura o envolvimento de todos e onde os problemas são resolvidos com a participação e empenho de todos. Questões como a agressividade de uma criança na escola ou o comportamento de risco de um adolescente, por exemplo, são vistos na perspectiva de toda a família e procuram apoiar todos e não apenas o menor.

3 – Assimile mudanças e supere conflitos

O nascimento do primeiro filho, a adaptação escolar, o período de adolescência, a saída dos filhos de casa (síndrome do ninho vazio) são alguns dos motivos que podem gerar um desequilíbrio na dinâmica familiar. Se sente que está a ter dificuldade em lidar com algum destes momentos ou que precisa de orientação, é aconselhável pedir ajuda.

4 – Aprenda a sair da sua zona de conforto

Pode parecer difícil, mas procurar um terapeuta que possa orientar-nos pode ajudar a evitar dificuldades com os outros elementos da família no futuro, procurando evitar situações como o consumo excessivo de drogas ou álcool, rupturas ou a dissolução do núcleo familiar.

5 – Melhore a sua forma de comunicar

A comunicação entre os elementos da família pode parecer mais difícil e complexa com as diferenças de idade. A terapia familiar fornece ferramentas para tornar a comunicação mais clara e assertiva.

Benefícios e utilidade da terapia familiar

Uma parte relevante dos problemas na nossa vida e no nosso dia-a-dia podem originar no seio familiar ou ser uma consequência de uma situação familiar adversa. Noutros casos, os problemas de outras áreas podem ter uma repercussão significativa na vida familiar.

A função do núcleo familiar é facilitar a compreensão das diferentes alterações que estes problemas envolvem e promover o apoio ao elemento de família que é visto como o paciente inicial iniciando o pedido de ajuda através dele.

A terapia familiar procura assim intervir diretamente com todos os elementos da família, ou, pelo menos, com aqueles que constituem uma parte relativamente significativa da situação.

Como já foi referido, alguns exemplos de motivos de consulta que podem beneficiar desta intervenção são: a presença de uma doença física ou psicológica num familiar (alguém que apresenta agressividade, apatia ou medo), ou conflitos entre todos ou alguns dos membros (por exemplo, problemas conjugais, problemas entre irmãos, etc.). Estes exemplos e outros, são passíveis de serem trabalhados através de uma abordagem de terapia familiar.

Como podemos constatar, numa intervenção familiar, é comum surgirem interações entre adultos e crianças, por isso o terapeuta auxiliará na adaptação de cada objetivo terapêutico com base em cada problema e no elemento familiar envolvido.

Qual é o objetivo principal da terapia familiar?

O objetivo principal será a identificação concreta e a modificação de padrões disfuncionais de interação interpessoal, considerando que a mudança em cada elemento afeta os outros elementos desta família, pois as ações, pensamentos e emoções individuais têm impacto em todos.

Além disso, são realizados esforços para facilitar a colaboração, a coesão e a análise objetiva da situação, trabalhando de forma dinâmica e construtiva. Para isso, uma das ferramentas fundamentais desta intervenção é a comunicação.

De acordo com este tipo de intervenção, considera-se praticamente impossível não comunicar, e este mecanismo, ou melhor, a sua utilização inadequada, é a principal causa da maioria das situações problemáticas. Desta forma, mesmo que uma pessoa da família esteja a sofrer com uma situação particular, o trabalho de comunicação será um fator fundamental para enfrentá-la de forma correta.

A terapia familiar pode ser especialmente útil não apenas para lidar com problemas emocionais num ou mais do que um elemento, mas também para resolver conflitos, melhorar a comunicação e enfrentar conjuntamente eventos stressantes da vida.

Quanto tempo dura a terapia familiar?

A duração da terapia familiar dependerá do problema a ser tratado, da relação entre os elementos da família, da sua disponibilidade, da articulação das sessões e da evolução do próprio problema. Normalmente, o tempo mínimo poderá ser de seis sessões. Em relação ao tempo máximo, a maioria dos especialistas estima que este seja geralmente inferior a 20, embora tudo dependa da evolução de cada família. Estas sessões podem ser semanais ou espaçadas ao longo do tempo.

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